Venda de bilhetes internacionais caiu 3% no semestre

22/07/2015

Como você vê nosso mercado? Como a crise está afetando seus negócios? O Portal PANROTAS teve acesso a um resumo do relatório Smash, que computa as vendas via Iata/BSP no Brasil (ou seja, bilhetes de empresas aéreas internacionais que operam no País, além de parte do internacional da Tam) e o título dessa matéria tem quatro versões.
A que escolhemos mostra que a indústria vendeu 3% menos bilhetes aéreos no primeiro semestre deste ano. Uma queda pequena perto da gritaria que estamos ouvindo no trade. Foram 2,19 milhões de bilhetes, contra 2,27 milhões nos seis primeiros meses do ano passado.
Se o objetivo é apavorar temos a queda da venda em dólares, que foi de 24%. Ou seja, as vendas de bilhetes internacionais caíram de USS 2 bilhões em 2014 para USS 1,55 bilhão no primeiro semestre de 2015.
Vamos colocar mais lenha e dizer que a tarifa média caiu de USS 895 para USS 708, 21% de oscilação para baixo. Todo mundo tendo de vender mais bilhetes para compensar a queda na tarifa.
Olhando de certa forma de um ponto de vista positivo, em reais houve crescimento: RS 4,7 bilhões em 2014 (usando a média do ano e não do semestre, que foi de RS 2,34 por dólar – se usarmos a média de junho, RS 2,2, o valor seria menor ainda) para RS 4,8 bilhões em 2015 (dólar médio a RS 3,12 no semestre).
Portanto, qual sua manchete?
Vendas caem 24%? Vendas sobem RS 100 milhões? Tíquete médio cai 21%? Ou quantidade de bilhetes (e portanto número de passageiros) cai 3%.
Segundo o Portal PANROTAS apurou algumas companhias aéreas, cientes da situação, já estão revendo suas metas com os distribuidores, ou mesmo fazendo novas metas em reais, pois os incentivos para o ano estavam definidos em dólares.
Para o segundo semestre, a expectativa é um pouco melhor, pois é um período melhor para a indústria de viagens. Julho foi bem para embarques, com o lazer em destaque, mas fraco em vendas, com muitas famílias em férias e as viagens corporativas adormecidas.
Ontem, a Tam anunciou que diminuirá sua oferta doméstica em até 10% para se ajustar à crise. Também vai demitir cerca de 500 funcionários, de um total de 28 mil. A previsão de PIB para este ano é de queda entre 1,5% e 2%. Ou seja, trabalhar mais para compensar as perdas. 

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