Apesar da crise, a atividade industrial na Região Metropolitana de Campinas (RMC) e a expansão do Aeroporto Internacional de Viracopos vão possibilitar abertura de até 1.250 habitações no segmento de hotelaria entre 2016 e 2017. Este número representa um aumento de até 26% nas atuais 4.659 unidades à disposição. Este ano, foram inauguradas 174 habitações em Paulínia (SP).
A previsão é de abertura de hotéis nos próximos meses em Campinas (SP), Indaiatuba (SP), Hortolândia (SP), Valinhos (SP) e Vinhedo (SP), segundo o Campinas e Região Convention & Visitors Bureau (CRCVB). Em 2018, o salto será de 600 unidades com a inauguração do complexo do Grupo Royal Palm Hotéis.
“O Complexo de Viracopos é, sem dúvida nenhuma, uma importante peça nesta engrenagem, para o correto funcionamento das forças de mercado, estabilizando oferta x demanda. Toda a região se impacta, atualmente, com o crescimento de Viracopos”, avalia o diretor de hotelaria do CRCVB, Douglas Marcondes.
Alta de 5,9% - Viracopos registrou 8.667.441 passageiros entre os meses de janeiro e outubro deste ano, alta de 5,9%, em relação ao mesmo período de 2014. O recorde do ano em movimentação foi em janeiro, quando passaram pelo aeródromo 978.371 viajantes. Em julho, a movimentação foi de 955.684. Mas a média mensal chega a 866 mil. Os dados de novembro ainda não foram divulgados.
Média de 59,17% de ocupação - Hoje, a taxa de ocupação dos hotéis da RMC é de 59,17%, com média diária de RS 255,75.
Uma pesquisa do Grupo de Estudos Urbanos (GEU) aponta que o setor industrial é o principal gerador de demanda no setor hoteleiro da região de Campinas, sendo que a ocupação concentra-se entre segunda e sexta-feira. A ocupação cai nos finais de semana.
Segundo o especialista em estudos urbanos, Milton Fontoura, o aumento do número de viajantes embarcando e desembarcando em Viracopos beneficia os municípios no entorno do terminal. Uma das cidades é Indaiatuba, a 12 quilômetros de distância do aeroporto. “A taxa de ocupação lá é de 75%, enquanto a média nacional é de 65%”, explica Fontoura. Mas ele ressalta, que nem todas as habitações da cidade atendem o perfil executivo.
Um dos empreendimentos em andamento na cidade tem investimento na casa dos RS 50 milhões e deve começar a operar em 2017. O Wise Hotel terá 216 habitações de 20 metros quadrados para o público corporativo no sistema condo-hotel, que permite a qualquer pessoa ser proprietária de um quarto em sistema de pool, com investimento na casa dos RS 300 mil.
A média prevista para a diária será de RS 210, segundo o diretor da Congesa Marcelo Araújo. “É um bom momento para investirmos porque Indaiatuba exporta hóspede”, afirma o diretor da construtora.
Adriana Mazzoni, presidente da Congesa, aponta que muitos dos viajantes que poderiam se hospedar em Indaiatuba acabam ficando em Campinas, a 26 quilômetros de distância. Ou mesmo em Sorocaba (SP), distante 52 quilômetros.
Fonte: Globo.com