O ministro do Turismo, Marx Beltrão, participou esta manhã da reunião do Conselho Executivo de Viagens e Eventos Corporativos (Cevec), da Fecomercio-SP, presidido por Viviânne Martins e composto por um grupo executivo e outro consultivo. Beltrão se disse aberto ao diálogo com toda a indústria (e já recebeu diversos líderes em Brasília) e pregou a união com a iniciativa privada. Uma de suas bandeiras é aprovar a isenção de vistos para Austrália, Canadá, Estados Unidos e Japão, como na Olimpíada Rio 2016, e ainda acrescentar a China, em um teste de um ano para avaliar resultados. “O Brasil perdeu US$ 18 milhões de dólares com as taxas de vistos que deixou de arrecadar para a Rio 2016, mas os visitantes desses mercados deixaram no País US$ 142 milhões”, exemplificou.
A questão dos vistos faz parte de uma agenda legislativa e de interface com os demais ministérios que Marx Beltrão, ele mesmo deputado federal, já iniciou. A revisão da Lei Geral do Turismo (uma proposta feita pela CNC será entregue a ele em novembro) e um novo Plano Nacional de Turismo fazem parte das urgências, assim como reuniões com ministérios ligados à infraestrutura, como o das Cidades. Esta semana, o ministro finaliza de receber parlamentares para aprovar e debater emendas que devem ser incluídas no orçamento de 2017.
Marx Beltrão prometeu ainda um novo desenho para a Embratur, entidade que foi criticada pela presidente do Cevec. “Por que a Embratur não está próxima da indústria? Por que não conseguimos captar turistas, viajantes corporativos e eventos para sairmos dessa posição tímida no ranking mundial?”, indagou. O ministro está ciente das limitações da Embratur e prometeu também lutar para mais verba de promoção. “Enquanto temos R$ 18 milhões para esse fim, nossos vizinhos gastam até 27 vezes mais”.
"Os maiores gargalos do Turismo dependem de vontade política. Temos de mudar isso. Não adianta termos recursos naturais e não conseguirmos materializar negócios. O Brasil é um transatlântico em um açude. Turismo tem de ser prioridade para o governo", disse o ministro, que prometeu também menos burocracia, inclusive para a iniciativa privada chegar às orlas, florestas e parques nacionais brasileiros.
Fonte: Panrotas