O Mice (Meeting, Incentives, Conferences and Exhibitions) é um dos poucos setores dentro da indústria do Turismo do Brasil e da América Latina que navega na contramão da crise. O mercado não só navega bem, como vive o melhor momento dos últimos 40 anos. Está é a conclusão do diretor do Convention & Visitors Bureau da América Latina, Miguel Harraca, uma das vozes do MPI Lamec e da segunda edição do Unecongresso.
“A tendência é que o Mice desenvolvido na América Latina cresça 13% até 2020. Um índice totalmente oposto às previsões da Europa, que deve apresentar queda de 4%”, argumentou Harraca. Segundo o executivo, esse movimento pode ser explicado pela migração de grandes empresas para a Ásia e países latino-americanos.
“Precisamos aproveitar o momento. Redes hoteleiras renomadas estão expandindo a oferta em nossos países e gerando lucro em toda a cadeia ligada ao Mice”, explicou. Harraca afirmou que a criação da Unestinos é uma ótima iniciativa frente ao cenário próspero. “A entidade mostra que os CVBs brasileiros estão dispostos a interagir de forma coletiva com a iniciativa pública e a população do destino como um todo”, elogiou.
O diretor não comparou o Mice brasileiro com nenhum outro país por um simples motivo: a singularidade. “Falar de América Latina é falar de lugares muito diferentes. É injusto igualar as condições que cada cidade tem de articular o Mice. São infraestruturas e situações econômicas muito diferentes. O que posso dizer é que São Paulo merece destaque”, opinou.
Harraca também esclareceu que o marketing de destinos desenvolvido na América Latina ainda está longe do ideal. Entender a função dos CVBs, fortalecê-los institucionalmente e entender que recursos financeiros não interferem no sucesso do Mice dentro de uma cidade são tarefas que persistem na lição de casa da maioria dos CVBs.
Fonte: Panrotas