RIO - Entrou em vigor, na última terça-feira (03/05), o aumento no Imposto sob Operações Financeiras (IOF) para compra de moedas em espécie no Brasil. O valor, aprovado pela Receita Federal, passou de 0,38% para 1,1%.
Embora represente um aumento significativo no valor do imposto (quase o triplo), a economista Ana Machado avisa aos viajantes: levar quantia em espécie ainda é a melhor forma de economizar com câmbio em viagens internacionais. Isto porque, ressalta a especialista, o IOF dos cartões de crédito, débito e pré-pagos, é mais alto, de 6,38%.
- Ainda vale a pena, mas o ideal é sempre variar as formas de carregar os valores, já que não é muito seguro andar com muita quantia nos bolsos - comenta.
IMPACTO MENOS SIGNIFICATIVO- Especialistas acreditam que o aumento terá um impacto menos significativo no turismo do que a crise econômica e a variação do dólar, que teve forte influência em 2015. Ana reforça que o ideal é não apostar no mercado de câmbio, já que as cotações são instáveis.
- Recomendamos sempre ir comprando aos poucos, por diversos meios, de espécie ao cartão. Com isso, a chance é de conseguir uma boa taxa média - avisa.
Ainda sim, quem quiser, pode driblar o valor mais caro escolhendo destinos internacionais onde o câmbio é mais favorável para o real, como a África do Sul e alguns países da América Latina, como Argetina e Chile.
- Com isso, dá para compensar a perda de imposto com a diferença cambial - aponta Kaio Philipe, diretor do site de viagens Kayak.
AUMENTO NA ARRECADAÇÃO - Segundo o Ministério da Fazenda, com o aumento do imposto, a expectativa é de crescimento anual da arrecadação de, em média, 2,37 bilhões de reais.
Fonte: Jornal O Globo