Mesmo com os resultados negativos da economia brasileira em 2015, o mercado de eventos continua aquecido. Segundo o SPCVB - São Paulo Convention & Visitors Bureau, este ano já foi registrada uma alta de 9% nos eventos com relação a 2014. Entretanto, o setor já espera uma reatração na realização das confraternizações das empresas neste final de ano, que sentiram o impacto negativo e reduziram os custos.
Segundo Júlia Leonforte, gerente do Espaço Plata (local especialmente projetado para eventos), a casa teve algumas reservas canceladas e muitas vezes os clientes acabam optando por realizar suas conferências através de ferramentas colaborativas. “Em tempos de crise, há uma maior utilização de conference calls, conference vídeos, entre outros, que oneram menos os orçamentos das empresas. Com isso, nota-se o reflexo dos cortes empresariais que estendem-se aos eventos pautados em planejamento, muitas vezes cancelados por falta de verba”, explica.
Uma pesquisa elaborada pela FIPE - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, aponta que a cidade de São Paulo recebe 809 eventos e feiras de negócios por ano e mais de 8 milhões de pessoas visitam essas feiras.
Apesar das previsões para 2016 não serem tão otimistas para o mercado, Júlia acredita que as Olimpíadas podem impulsionar o número de eventos realizados. “Há grandes possibilidades de que a realização dos Jogos Olímpicos do Rio no próximo ano traga um aquecimento no mercado de eventos, apesar da retração econômica notória”, destaca. Segundo ela, não há previsões otimistas, mas uma breve esperança de que esse fluxo das Olimpíadas traga um movimento para o mercado.
Para driblar a crise, o Espaço Plata está apostando na flexibilidade de negociação com o cliente. “Muitas vezes, negociamos os prazos e agregamos valor aos eventos, oferecendo diferenciais que as empresas deste segmento normalmente não disponibilizam como, por exemplo, ganhar a locação de dois projetores na locação de dois salões de eventos” explica Júlia Leonforte.