Segundo a Iata (Associação Internacional de Empresas Aéreas), a ameaça do governo de abrir o mercado doméstico para companhias aéreas estrangeiras durante a Copa, como forma de reduzir preços de passagens e melhorar o serviço, provavelmente teria pouco efeito prático, pois não há condição de atender uma demanda tão complexa em um curto período de tempo.
O presidente da Iata no Brasil, Carlos Ebner, afirmou a dificuldade em decorrência da falta de planejamento prévio: "A logística é complicada. Não é ônibus. É preciso três, quatro meses de antecedência no mínimo para que as empresas consigam se programar".
Ebner explicou, ainda, que, ao pousar no Brasil, uma tripulação estrangeira chega ao limite das horas permitidas por lei e não pode seguir para outro destino não programado dentro do país. Outra dificuldade, seria a necessidade de empresas estrangeiras montarem uma estrutura em cada destino, com pessoal de check-in e contratos de abastecimento, manutenção e serviço de bordo.
O presidente da Iata destacou, ainda, como maior desafio a segunda fase do mundial da Fifa, que será definida de acordo com os resultados da primeira fase e não é possível o planejamento antecipado.
A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, declarou que o governo estuda liberar os voos domésticos (cabotagem) para as estrangeiras durante a Copa.
Fonte: Mercado e Eventos