"Faltam informações sobre bagagem extraviada", diz Anac

17/07/2015

Durante o terceiro painel do seminário Luggage, Handling e Catering, realizado hoje pela Airport Infra Expo, em São Paulo, foi consenso geral entre todos os palestrantes o fato de que, para evitar o extravio de bagagens, é necessária a adoção de dois procedimentos: automatização dos processos e compartilhamento de informações.
"No ano passado, 24% das críticas que recebemos em relação aos aeroportos estavam relacionadas a extravio de bagagens, e grande parte do problema resulta de uma carência, no Brasil, de informações disponíveis sobre os transportadores aéreos, no que se refere à quantidade de bagagem extraviada, quantidade de indenizações pagas, se os processos foram levados à justiça, entre outros assuntos, que deveriam estar à disposição dos passageiros", afirmou o gerente substituto Gerência de Regulação das Relações de Consumo da Anac, Thiago Diniz.
O diretor de Aeroportos da Babcock, Tom Newman, concorda com a opinião acima, reforçando que é necessária a colaboração entre todos os stakeholders no que se refere ao compartilhamento de informações.
"Todos os processos que ocorrem dentro de um aeroporto devem ser compartilhados entre os funcionários, para que sejam melhor monitorados. Muitas companhias aéreas se preocupam apenas com a sua tripulação, quando deveriam dar mais atenção ao tráfego de passageiros e à bagagem transportada", afirmou.
Também presente no debate, o delegado da Polícia Federal, Kendi Tsushida, lembrou que muitos casos de extravio de bagagem acabam ficando sem solução, devido à ação de quadrilhas que embarcam nas aeronaves com passagens aéreas fraudadas, apenas para roubar os pertences dos passageiros.
"Essas quadrilhas atuam dessa forma porque conhecem a deficiência dos aeroportos brasileiros em monitorar bagagens", finaliza o delegado.

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