Organização que converge as principais redes hoteleiras atuantes no mercado brasileiro, o Fohb (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil) lançou a terceira edição do estudo Perspectivas de Desempenho da Hotelaria. O material traz projeções a respeito do comportamento do setor de hospedagem para o próximo ano e aponta caminhos otimistas para os meses a seguir. O relatório prevê, entre outras coisas, aumento das taxas de ocupação em 2016 além de evidenciar a tendência de crescimento no valor médio cobrado pelas diárias hoteleiras no País.
Segundo os dados, para o primeiro semestre 2016, há expectativas de recuperação da diária média na maior parte das cidades. Tal resultado ainda chega em doses modestas, conforme classifca Flavia Matos, diretora executiva da organização, que antecipou alguns números do estudo em recente evento da entidade. Para ela, o resultado mostra a tendência de alta nos valores. A previsão é que a diária média brasileira aumente em cerca de 5% - ainda abaixo da inflação prevista para 2015.
Estima-se, também, o aumento da taxa de ocupação, com destaque para Brasília (+3,8%), reflexo do otimismo setorial em relação a uma possível melhora do ambiente econômico. Dentro deste período, o RevPar - receita por apartamento disponível - também apresenta perspectiva de crescimento, cenário em que evidenciam-se São Luís (+7,0%), Grande São Paulo (+5,4%), Curitiba (+5,3%) e São Paulo (+5,2%).
O segundo semestre da próxima temporada aparece como a exata tradução do otimismo para 2016. Espera-se alta de resultados, sendo que as melhores taxas de ocupação serão as de Recife (+3,9%), São Luís (+3,8%), Goiânia (+3,7%) e Brasília (+3,6%). O RevPar acompanha o crescimento e tem estimativa de aumento em todas as localidades.
Em suma, as perspectivas para 2016 mostram uma recuperação da taxa de ocupação com relação ao ano de 2015 e, principalmente, um reajuste compensatório nas tarifas praticadas atualmente, por meio da necessidade do aumento da diária média e do RevPAR na maior parte dos destinos brasileiros. De acordo com o Fohb, os dados e o contexto descritos evidenciam que o caminho a ser trilhado é de um planejamento no gerenciamento das tarifas baseado na confiança do potencial de venda dos destinos e empreendimentos, mantendo, então, a sustentabilidade econômica setorial.
"Os custos de energia, de insumos e de evidentes aumentos nas cargas tributárias, como a reoneração da folha de pagamentos, exercem uma pressão nas despesas dos empreendimentos cerca de 40% maior que o índice de inflação previsto para 2015, que é de mais de 9% ao ano", pondera um comunicado da organização.
Com esse discurso, o Fohb justifica a necessidade de aumentar as tarifas para fazer frente à atual situação. "O objetivo é mantermos um mercado saudável, em que possamos continuar a gerar empregos, distribuir renda e promover a melhor experiência para nossos hóspedes", explica Patrick Mendes, vice-presidente de Estudos e Tendências da associação.