Na manhã desta terça-feira, o dólar subia mais de 2% e rondava o patamar de 3,56 reais, acompanhando o cenário externo, marcado por aversão a risco após dados ruins da China. Às 11h50, o dólar avançava 2,12%, a 3,56 reais na venda, após atingir 3,55 reais no início da sessão.
A aversão ao risco refletia os dados da atividade industrial da China, que encolheu pelo 14º mês seguido em abril. O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Caixin/Markit recuou para 49,4 na segunda maior economia do mundo. A expectativa do mercado de 49,9. O dólar também subia nesta sessão em relação a moedas de países como o México e Chile.
No mercado local, a atuação do Banco Central também influenciava a cotação. Nesta manhã, o BC vendeu 9.800 swaps cambiais reversos, equivalentes à compra futura de dólares. Na véspera, a autoridade monetária ofertou e vendeu integralmente 40.000 swaps reversos.
Nos dois pregões anteriores, o BC havia voltado a atuar com mais força no mercado de câmbio após o dólar ir abaixo de 3,45 reais. Para muitos especialistas, a autoridade monetária não quer a moeda abaixo de 3,50 reais para não prejudicar as exportações e, assim, as contas externas do país.
A cena política seguia no radar dos investidores. Na véspera, Henrique Meirelles, ex-presidente do BC e já indicado para comandar o Ministério da Fazenda em um eventual governo de Michel Temer, disse que é preciso reverter a trajetória da dívida pública e ter claro o que é preciso fazer para o país sair do atual ciclo econômico negativo.
Na próxima semana, o Senado vota o afastamento temporário da presidente Dilma Rousseff.
Fonte: Veja.com