A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta sexta-feira (2) a reforma ministerial do governo, com eliminação de 8 das 39 pastas. Na ocasião, a presidente fez o anúncio em um discurso ao lado do vice-presidente Michel Temer. Ela justificou a partilha de cargos entre partidos, dizendo que é preciso garantir uma base aliada sólida e com maior “diálogo”. Ela destacou que o processo de escolha foi “feito às claras” e defendeu que o processo foi “legítimo”.
“[Tivemos o objetivo de] consolidar a base política buscando uma maioria. Ao alterar alguns dos dirigentes dos ministérios, estamos tornando nossa coalizão mais equilibradas. Trata-se de uma ação legítima, de um governo de coalizão. E por isso tudo tem sido feito às claras. Trata-se de articulação política para trazer um ambiente de diálogo”, declarou.
Dilma disse ainda que é preciso reconhecer a existência da crise econômica e que, se houve “erro”, precisa ser consertado. “Não estamos parados. Sabemos que existem dificuldades econômicas que devem ser superadas. Sabemos que, se erramos, precisamos consertar os erros. Se acertamos, precisamos continuar os acertos e seguir em frente.”
Turismo e Aviação Civil - O ministro do Turismo, Henrique Alves, e Eliseu Padilha, da Secretaria de Aviação Civil, permanecem no cargo, conforme antecipou ontem o M&E.
Reforma ministerial - Abaixo, segue a lista completa com os nomes. A presidente anunciou a criação do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos além do Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
Em sua explanação disse que 30 secretarias serão extintas em vários ministérios. Ela anunciou a redução de 20% nos gastos de custeio e a definição de metas de eficiência. A presidente Dilma diz que haverá um corte de 10% na remuneração de ministros e a extinção de três mil cargos comissionados. Ela anunciou a redução de 20% nos gastos de custeio e a definição de metas de eficiência. Para a Casa Civil foi confirmado o nome do ex-governador Jacques Wagner e na Secretaria de Governo ficou Ricardo Berzoini.
Veja quais os ministérios que mudaram seus representantes:
- Casa Civil: Jaques Wagner (PT)
- Ciência e Tecnologia: Celso Pansera (PMDB)
- Comunicações: André Figueiredo (PDT)
- Defesa: Aldo Rebelo (PCdoB)
- Educação: Aloizio Mercadante (PT)
- Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos: Nilma Lino Gomes (sem partido)
- Portos: Helder Barbalho (PMDB)
- Saúde: Marcelo Castro (PMDB)
- Secretaria de Governo: Ricardo Berzoini (PT)
- Trabalho e Previdência: Miguel Rossetto (PT)