Brasil e Argentina criam conselho empresarial para ampliar cooperação bilateral

09/09/2016

 

O encontro ocorre em um momento em que o Mercado Comum do Sul (Mercosul) está praticamente paralisado, devido a uma crise institucional. O Uruguai ocupou a presidência pro-tempore do bloco regional (que é rotativa) até o final de junho e deveria passá-la a Venezuela, próxima na lista de critério alfabético. No entanto, os outros três países fundadores (Brasil, Argentina e Paraguai) se opuseram.

O argumento jurídico é de que os venezuelanos (últimos a aderirem ao Mercosul) não tinham ainda incorporado até o prazo estipulado (meados de agosto) todas as normas necessárias para serem considerados membros plenos.

Existe também uma motivação política: o presidente Nicolas Maduro tem sido acusado de adotar medidas pouco democráticas, como prender líderes oposicionistas e dificultar a convocação de um referendo revogatório (mecanismo constitucional, capaz de encurtar seu mandato).

Principais sócios no Mercosul, Brasil e Argentina também atravessam momentos econômicos difíceis no cenário interno. No caso dos argentinos, que dependem das exportações ao mercado brasileiro, o presidente Mauricio Macri enfrenta o desafio de reduzir a inflação anual de quase 40% e o déficit fiscal, herdados de sua antecessora Cristina Kirchner, cujo segundo mandato consecutivo terminou em dezembro.

 

Fonte: Hosteltur

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