RS 13 bilhões em perdas entre os anos de 2011 e os primeiros nove meses de 2015. Este é o panorama atual enfrentado pela aviação comercial brasileira, um número que assusta e que apenas reflete os resultados trimestrais divulgados pelas principais companhias aéreas do país. Um dos grandes motivos para este poço sem fundo de prejuízos é a alta valorização do dólar frente ao real, já que 60% dos custos das empresas aéreas são pagos em dólares norte-americanos. Somente em 2015, o dólar subiu 55%.
Para se ter uma ideia, somente em dezembro, mês das festas de fim de ano, a TAM teve uma queda de mais de 10% no tráfego doméstico. Em novembro, foi a vez da GOL registrar os mesmos 10% de decréscimo agora na demanda doméstica, com uma taxa de ocupação inferior a 74%. E o trimestre da Azul do empresário David Neeleman? Prejuízo de RS 30,4 milhões, totalmente diferente dos RS 68,2 milhões de lucro líquido conquistados no mesmo trimestre de 2014.
O setor, portanto, deve enfrentar a primeira retração em 13 anos. Após registrar quedas de 0,6%, 0,8% e 5,7% em agosto, setembro e outubro, respectivamente, a retração da demanda da aviação doméstica acentuou-se em novembro e atingiu 7,9% em relação ao mesmo mês de 2014. “Os dados mostram que estamos começando a perder praticamente três anos de trabalho, recuando aos níveis de 2013”, disse o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz.
E esta retração também atinge diretamente o mercado de trabalho na aviação. De acordo com a Abear, o setor deve ter cortado em média 3% dos funcionários, o que, de acordo com os números de 2014, se traduz em menos 2.400 funcionários em relação a 2011.
Fonte: Mercado & Eventos
