A superintendente de regulação econômica de aeroportos da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Clarissa de Barros, confirmou nesta terça (24) que a agência estuda a reabertura do aeroporto de Pampulha para operação de jatos, em Belo Horizonte (MG). O terminal estava fechado por restrições ambientais, devido aos ruídos provocados na capital mineira. Clarissa participou do Fórum Infraestrutura de Transporte, promovido pela Folha de S.Paulo em São Paulo.
A decisão pode afetar o fluxo de passageiros no aeroporto de Confins, administrado pela CCR. "Não existe lógica que justifique voltar com jatos em Pampulha", disse Ricardo Bisordi de Oliveira Lima, diretor de negócios de Aeroportos da CCR.
Segundo ele, o contrato de concessão inclui um programa de obras mandatórias nos dez primeiros anos independentemente da expansão da demanda. "Sob esse ponto de vista, não seria necessário fazer essas obras nos primeiros dez anos, mas estamos fazendo porque está previsto em contrato.
Ele afirmou que até o fim de 2016 a empresa vai terminar as obras de expansão do terminal 2, duplicando a capacidade de movimentação de passageiros para 22 milhões por ano. "Vamos ter capacidade ociosa em Confins."
Para Alessandro Vinicius Marques de Oliveira, professor do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), se não houver restrição de segurança, não existem empecilhos contratuais para a liberação de Pampulha para operação de jatos.
Barros, da Anac, também afirmou que não há desrespeito contratual, e que a questão havia sido, inclusive, discutida durante audiência pública antes da concessão. "Os aeroportos estão em um ambiente concorrencial, criado para incentivar os terminais a desenvolver novos modelos de negócios, oferecer melhores serviços a tarifas mais baixas", disse.