Durante o 71ª Annual General Meeting (AGM) e World Air Transport Summit, que está sendo realizado em Miami (Flórida), a Associação Internacional de Transportes (Iata) anunciou que o crescimento de passageiros transportados na América Latina e no Caribe pode atingir a marca de 385 milhões em dez anos. Isso, claro, se os governos adotarem medidas como infraestrutura adequada e regulamentação mais inteligente, além de observar padrões de qualidade mundiais e melhores práticas. No ano passado, o número de passageiros transportados na região ficou em torno de 242 milhões.
“O transporte aéreo é um sistema de massa na economia global, e faz com que ela cresça, gerando empregos e facilitando oportunidades de negócios. A região que engloba a América Latina e o Caribe gera 4,9 milhões de empregos e contribui com USS 153 bilhões para o produto interno bruto, incluindo os benefícios para o turismo. Esta é uma contribuição bastante significativa, e a região tem potencial para extrair muito mais valor da aviação”, diz o vice-presidente regional da Iata, Peter Cerda, durante o evento.
A América Latina e o Caribe estão bem posicionados para alcançar os benefícios sociais e econômicos que a conectividade aérea provê, mas a região terá de lidar com alguns obstáculos para alcançar isto. Concentrando 8% dos habitantes mundiais, a região representa apenas 5% do tráfego aéreo global, mas pode aumentar em mais de 50% este potencial caso os bloqueios sejam removidos.
Em um ranking de 35 países que apresentam infraestrutura de qualidade no transporte aéreo, somente o Panamá e Barbados respondem pela região. Entre as maiores economias mundiais, o Brasil está em 131° lugar, a Colômbia em 105° e o México em 64°.
"É importante para os governantes da região entenderem que o real valor da aviação é a conectividade global que ela provê, além do crescimento e desenvolvimento que estimula. A aviação é altamente suscetível a aumentos de taxas, regulamentação cara e aplicação inconsciente de regras. Entretanto, quando os governantes aderirem aos padrões mundiais de qualidade e trabalharem junto à indústria da aviação, resultados positivos serão observados na economia", concluiu Cerda.