Em julho, a Airbus registrou a patente de “veículo aéreo ultra-rápido e outros métodos de locomoção aérea”. O avião, tratado como o “novo Concorde”, poderia atingir velocidade Mach 4,5. Isso quer dizer que ele voaria a até 4,5 vezes a velocidade do som – ou 5.513 quilômetros por hora.
A ideia é que o novo transporte aéreo possa diminuir drasticamente o tempo de viagens longas – como voos intercontinentais. Um exemplo é de um voo entre Tóquio e Los Angeles, que cairia de dez horas e meia para cerca de três horas. O mesmo tempo seria suficiente para sair de São Paulo e voar até Lisboa, em Portugal.
Para que isso seja possível, o jato proposto pela Airbus usa três métodos de propulsão. São usados ramjets, turbinas a jato e foguetes.
Como ele funcionaria? - Decolagem - a aeronave usaria duas turbinas a jato, que deveriam ser colocadas sob a fuselagem. A decolagem seria um pouco diferente do tradicional: depois de sair da pista, ele assumiria uma posição vertical para ganhar altitude.
Pouco antes de alcançar a velocidade do som, as turbinas a jato se recolheriam e o avião continuaria ganhando altitude com propulsão dos foguetes, até alcançar cerca de 30.000 metros.
Altitude de cruzeiro - o que moverá a aeronave são os ramjets – que são utilizados em situações que demandam grande velocidade. São eles os responsáveis por atingir velocidade entre Mach 4 (4.900 km/h) e Mach 4,5 (5.500 km/h). Eles usariam como combustível hidrogênio e oxigênio.
Capacidade - Além de dois pilotos, o avião seria capaz de levar apenas 20 passageiros. Isso deve resultar em voos extremamente caros, caso um dia eles virem realidade.